F. Santos

BIO
Nome inseparável da Sé e da Igreja da Lapa (Porto), contribuiu decisivamente para um progresso estrutural no ensino e prática musicais na Igreja. Concluiu o curso do Conservatório de Música do Porto, fez o Curso Superior de Órgão e o Curso de Música Sacra, na Escola Superior de Música de Munique. Em Salzburg, frequentou um curso internacional de órgão orientado por Emil Sauer. Regressado ao Porto, com os padres Agostinho Pedroso, Ângelo Ferreira Pinto e José Maria Pedrosa Cardoso, aí fundou, em 1971, o Coro da Sé e a Escola Diocesana de Música Litúrgica, seguindo-se, em 1973, o Boletim de Música Litúrgica e o agrupamento de metais e tímpanos Solemnium Concentus, em 1977. Contribuiu para o desenvolvimento dos serviços litúrgico-musicais de regente de coros, cantor, salmista, organista. Semeou um renovado interesse pelo órgão de tubos, patente num grupo de organistas especializados em Munique, no restauro de instrumentos históricos e na construção de 5 grandes órgãos na Diocese, entre 1985-2000: Sé do Porto, Matriz de Espinho, Igreja da Lapa (o maior órgão moderno da Península Ibérica), Senhora da Conceição e Cedofeita (Porto). Duas fases se podem distinguir na actividade criativa do Cónego F. Santos. Uma primeira fase, entre 1960-1990, orientada para a liturgia, contempla todas as formas musicais, para uma e várias vozes, para coros mistos e coros de vozes iguais, para crianças e adultos, com diversos graus de dificuldade, para a missa, outros sacramentos e Liturgia das horas, valorizando o diálogo entre a assembleia, coro, solistas e pequeno coro. Um desejo de adaptação à cultura popular marca a suas primeiras composições, de base tonal e grande fluência melódica. Os salmos são a maior base literária dos mais de mil cânticos publicados. A escrita supõe, às vezes, instrumentos solistas, como a flauta e o órgão, tendo em conta as necessidades litúrgicas e características humanas dos seus intérpretes. Os seus cânticos têm estruturas variadas, conforme a função litúrgica e os destinatários, desde o esquema refrão-solo-refrão à execução antífona-refrão-solo-refrão-antífona, passando por momentos contrapontísticos nos cânones. Numa segunda fase, a partir de 1990, além das composições para a liturgia, dedica-se à composição para grandes formações de coro e orquestra. As suas obras, designadamente as cantatas, incentivaram o crescimento dos coros e a relação de vários agrupamentos com a música religiosa, incluindo a Orquestra Clássica do Porto. Em 1995, foi apresentado o Requiem à memória do Infante D. Henrique, com primeira audição no Mosteiro da Batalha pelas comemorações henriquinas (1995). Sem ser uma obra de vanguarda, como não são as outras obras do compositor, revela um grande domínio da música sacra, desde a tradição gregoriana à obra de Messiaen, e liberdade em relação às correntes estéticas, sensível e arrebatada no respeito pelos textos da liturgia. F. Santos foi mestre de Capela da Sé do Porto, director artístico do Sollemnium Concentus e do Coro de Câmara da Cidade do Porto, professor de órgão no Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição (Porto), maestro fundador da Orquestra Sine Nomine, membro fundador e presidente, em 1992, da Conferência Europeia para a Defesa e Promoção da Música da Igreja (instituição eclesial sediada em Roma com ligação ao Parlamento Europeu), membro efectivo do conselho científico da Escola Superior de Música do Porto, conselheiro do IPPAR para o Órgão de tubos, presidente do Serviço Nacional de Música Sacra, director do Curso de Música Litúrgica nacional, promotor do I Encontro Nacional de Coros para a Liturgia e do I Encontro Nacional de Pequenos Cantores, membro do Conselho Artístico da Regie Sinfonia Orquestra, director fundador da Escola das Artes, presidente da Assembleia Geral e Membro fundador da Associação Manuel Faria, presidente da Sociedade Plurifonia 2001. Introduziu em Portugal o Método Musical de Pierre van Hawve. Sob proposta do Ministro da Cultura, foi nomeado, pelo Governo, presidente do Júri que, em 1997 e 1998, atribuiu prémios às maiores revelações musicais do País e fez parte da Comissão Interministerial para a Reforma do Ensino Artístico em Portugal. Foi agraciado com a Medalha de Ouro da Cidade do Porto e a Grande Cruz de Mérito Cultural da República Federal da Alemanha. https://www.meloteca.com/portfolio-item/antonio-ferreira-dos-santos/

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