Tomai e recebei as horas do meu dia.
Alegrias e dores, penas e trabalhos.
Fora eu rico, Senhor, e muito Vos daria.
Mas sei que nada valho.
1. Que tenho eu, meu Deus, p’ra pôr sobre a patena / que as mãos do sacerdote elevam no altar? / A não ser esta imensa, esta infinita pena / de nada ter p’ra dar.
2. Em cada hóstia, imaculada e pura, / quantos grãozinhos do nosso trigo loiro! / Mas, p’ra ser hóstia, sofre sob a mó dura / cada baguinho de oiro.
3. Com o trigo loiro, deponho na patena: / a minha vida inteira, ofereço-a no altar. / Mas ainda me fica esta infinita pena / de nada ter p’ra dar.