Saciai-nos, Senhor, desde a manhã, com a vossa bondade.
1. Senhor, tendes sido o nosso refúgio,
de geração em geração.
Antes de se formarem as montanhas e nascer a terra e o mundo,
desde toda a eternidade Vós sois Deus.
2. Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou e como uma vigília da noite.
3. Vós os arrebatais como um sonho,
como a erva que de manhã reverdece,
de manhã floresce e viceja,
à tarde é cortada e seca.
4. Sentimo-nos desfalecer com a vossa ira,
estamos aterrados com a vossa indignação.
Colocastes as nossas culpas na vossa presença,
o nosso íntimo à luz da vossa face.
5. Todos os nossos dias decorreram sob a vossa ira,
acabámos os nossos anos como um suspiro,
Os dias da nossa vida andam pelos setenta anos
e, se robustos, por uns oitenta:
6. a maior parte são trabalho e desilusão,
passam depressa e nós partimos.
Quem avalia a força da vossa ira
e mede o temor da vossa indignação?
7. Ensinai-nos a contar os nossos dias,
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servos.
8. Saciai-nos, desde a manhã, com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Compensai em alegria os dias de aflição,
os anos em que sentimos a desgraça.
9. Manifestai a vossa obra aos vossos servos
e aos seus filhos a vossa majestade.
Desça sobre nós a graça do Senhor nosso Deus!
Confirmai em nosso favor a obra das nossas mãos, /
confirmai a obra das nossas mãos.